NILO GUERREIRO

terça-feira, 7 de maio de 2013

Partido focado em segurança pública ganha força e pode concorrer em 2014

Policiais e cientistas políticos são grande parte da cúpula do PSPC



Alexandre Saconi, do R7
Após ser reacendido o debate em torno redução da maioridade penal, atuação das polícias, entre outros temas, um partido está próximo de ser registrado pensando, quase com exclusividade, na segurança pública e na cidadania. O PSPC (Partido da Segurança Pública e Cidadania) foi planejado em 2007, mas só agora em 2013 está prestes a completar o total de assinaturas necessárias para concorrer às Eleições.
Com os pilares segurança pública, educação e saúde, o partido quer valorizar o que seus membros acreditam ter sido deixado de lado, segundo Júlio Neto, presidente da executiva municipal do PSPC em São Paulo.
— Verificamos que a ideia não era defender apenas um segmento, mas sim os segmentos que estavam abandonados pelo governo. Seriam estes a segurança pública, educação e saúde. Chamamos estes de tripé da sociedade, pois, sem eles, ela não funciona. E, hoje, a sociedade tem deixado de funcionar porque isto está faltando.
Neto critica os problemas estruturais dos aparelhos públicos relacionados a estas áreas para justificar a criação do partido e negar a visão de serem de uma causa única. Na área da educação, por exemplo, Júlio faz críticas pessoais ao atual sistema de aprovação automática. O partidário diz que é difícil um jovem hoje ter o mesmo conhecimento que se tinha na escola há 30 anos.
Júlio Neto é sargento reformado da Polícia Militar. O fundador do partido, Edivaldo de Farias, é capitão da Polícia Militar do Distrito Federal. A cúpula nacional do partido tem a forte presença de integrantes de forças policiais e de acadêmicos.  Questionado sobre a possível falta de experiência política de seus componentes, Neto descarta que isso seja um problema.
— Nós não temos nenhum político profissional no partido.
A possibilidade de coligações também é outro ponto polêmico discutido entre os membros do partido. A maioria se posiciona contra, segundo Júlio Neto.
— O tempo [ganho pela coligação] é excelente para você fazer campanha. Mas você trazer alguém para te dar tempo na TV, e, simultaneamente, ele te fazer perder tempo fazendo besteiras, você começa a perder os eleitores.
Plataforma e registro
Segundo a coordenação, o partido está presente em 16 Estados. O CNPJ foi registrado em 2011 e falta menos de 10% do total de assinaturas necessárias para que ganhe o registro definitivo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Para defender o "tripé" saúde, educação e segurança pública, o PSPC agrega em sua maioria professores, policiais, estudantes, médicos, profissionais de saúde e donas de casa.
A intenção da executiva nacional do partido é concorrer a cargos majoritários já em 2014. Para isso, deve concluir o registro junto ao TSE até o mês de outubro.
Sopa de letrinhas
Segundo o professor Valeriano Costa, cientista político da Unicamp, a criação de novos partidos não dificulta o jogo político no Brasil. Isto porque o brasileiro não escolhe o partido, mas sim o candidato.
— Às vezes, o candidato muda de partido, e seu eleitor nem sabe.
Em poucos casos a pessoa vota especificamente no partido. O PT é um desses exemplos.
— O PT vota no PT pelo PT, mas isso é minoritário. A maioria dos eleitores vota no candidato, e não no partido.

Um comentário:

  1. O Brasil mudou sua forma de pensar,o cidadão é, sim formador de opinião,ele hoje vota no candidato que apresenta as melhores propostas, as redes sociais são um grande termômetro onde podemos avaliar essa questão. O partido da segurança pública e cidadania vem com o verdadeiro objetivo de resgatar o Brasil para o Brasileiro.

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